Palavras Domesticadas

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Bem, Obrigado, e Você?



Desde criança eu me interesso por cartuns. Gostava de observar aqueles desenhos com situações inusitadas, que muitas vezes nem entendia, mas acima de tudo gostava dos desenhos. Os desenhos me fascinavam, e eu era capaz de identificar os cartunistas pelo tipo de traço. Gostava tanto daquele tipo de arte que um dia pedi pra meu pai comprar uma goiabada que vi num armazém perto de minha casa, não por que eu gostasse assim de goiabada, mas pelo desenho que tinha na embalagem. Parecia coisa de Ziraldo, embora creio que não fosse dele. Lembro que a marca da goiabada era "Clandestina", e eu nunca me esqueci dela, não pelo sabor, mas pelo desenho da embalagem.
Um cartunista que eu vim conhecer já na adolescência, e que logo virei fã é o argentino Quino. Conheci seu trabalho através de sua personagem mais conhecida, a menina Mafalda, que era publicada na revista Pop. O traço de Quino sempre me agradou, e o humor implícito nas situações envolvendo Mafalda sempre me levava a refletir, e rir com a menininha. Durante muitos anos só conheci o trabalho de Quino através de sua mais famosa personagem, até que um dia encontrei esse livro, uma edição portuguesa de 1982, de uma coleção chamada Humor com Humor se Paga. O livro traz vários cartuns, mostrando sempre situações bem engraçadas, com um tipo de humor bem inteligente, trazendo sempre o inusitado, que nos leva a pensar, refletir, e inevitavelmente rir. A coleção traz outros livros, sendo vários do mesmo autor. A capa, aqui reproduzida, traz um homem com um sorriso meio sem graça e forçado, resultado de um carimbo com a figura de um sorriso. Se taparmos o "sorriso", veremos a verdadeira expressão de seu rosto. O cartum reproduzido abaixo da capa é uma mostra do humor expresso ao longo do livro.
Foi bom conhecer o trabalho de Quino além de Mafalda.

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